Sentar em frente ao mar é um ótimo remédio contra angústia e depressão. O cheiro da brisa, o barulho das ondas, a textura da areia; tudo parece conspirar para proporcionar uma falsa sensação de tranquilidade que nos deixa assim que pisamos o asfalto. Daí, tudo o que nos resta é a lembrança do oceano presa no interior de uma concha vazia, acalentando nosso espírito e dizendo que não importa o quão alta está a maré, tudo vai ficar bem.
Ell Fiscina
Brilho Eterno de uma Mente Romântica
Pequenos reflexos do brilho eterno de uma mente romântica na forma de poesia, contos e outros tipos de texto
sexta-feira, 13 de janeiro de 2012
terça-feira, 10 de janeiro de 2012
A maldição da ideia fixa
Pobre daquele que sofre de "ideia fixa". É o melhor defeito do escritor, mas pode vir a ser a perdição do homem. Ela fará com que o escritor nunca esqueça uma boa ideia. No entanto, para o homem comum, que não consegue escrever um verso capenga, que não sabe se expressar ou que tem medo de ser julgado, a "ideia fixa" é uma maldição que tira horas de sono, que traz dor; que se confunde com paixão e que incita a erros tolos ou a arrependimentos febris.A ideia se aloja em um canto remoto da mente e tortura o pensador, mostrando ilusões frágeis e translucidas, martelando sua cabeça uma, duas, três vezes ou ainda mais. E aquele que é fraco se deixa dominar pela tentação, não resiste ao peso sufocante que carrega em seu peito, dificultando a respiração e o pulsar correto do coração, e se entrega completamente aos sonhos. Esse que cai raramente deixará de se arrepender pelo momento de vacilo, mas nunca aprenderá a lição. Mesmo que ele consiga resistir a uma ideia, sempre virá outra pra tomar seu lugar, até que finalmente ele volta a sucumbir.
Ell Fiscina
segunda-feira, 21 de novembro de 2011
Quem Mora no Globo de Neve
Imagina que louco deve ser morar em um globo de neve. Levar uma vida tranquila numa casinha aconchegante de madeira, cercada por altos pinheiros. Tudo coberto de neve branquinha daquele inverno interminável. Todos os dias vendo a mesma paisagem, sonhando com a vida além daquele muro de vidro. Passar horas a fio observando a paisagem destorcida do quarto lá fora, se perguntando quem são aqueles deuses gigantes que andam, dormem, dançam e comem naqueles aposentos gloriosos. E sentir seu mundo virar de cabeça pra baixo, quando um daqueles deuses, mas dessa vez um bem pequeno, segura o globo com suas mãos rechonchudas e sacode o objeto no ar. E se maravilhar, ao ver os olhinhos brilhantes daquela criaturinha por ter feito nevar na minha casinha aconchegante de madeira, cercada por altos pinheiros.
Ell Fiscina
segunda-feira, 10 de outubro de 2011
Pare, pense, crie
A imaginação é um sentido. O mais importante de todos. Aquele que possui imaginação é capaz de enxergar o pôr-do-sol mesmo sem ter o sentido da visão; de sentir o sabor de comidas exóticas sem sequer pô-las na boca; de ouvir o canto dos pássaros apesar de qualquer deficiência. A imaginação deixa as cores mais brilhantes, os sonhos mais exultantes, os pesadelos mais sombrios.
Ell Fiscina
Ell Fiscina
domingo, 28 de agosto de 2011
Seduza-me
Seduza-me sob a luz das estrelas dançantes, ao som dos suspiros das ondas do mar. Seduza-me sob o sol escaldante, ou sob as árvores esvoaçantes. Seduza-me, enlace-me, use seu corpo suave para me prender junto a ti. Use teu corpo, mas use também suas palavras. Com sua voz rouca, sussurrante, declame poesias modernas, conte histórias antigas, fale que me ama mais que tudo no mundo. E, por fim, beije-me com essa boca carnuda, emoldurada pela barba áspera, cheia, rústica. Beije-me e me faça esquecer do tempo. Beije-me, seduza-me, enlouqueça-me.
Ell Fiscina
Ell Fiscina
segunda-feira, 8 de agosto de 2011
Suspiro
Suspiros molhados
Geladas demonstrações de afeto
Toques, retoques, carinho
Sopros sinceros de amor
Carne, arde, geme
Rola, morde, ama
Braços, pernas, lábios
Beijos, seios, laços.
Ell Fiscina
Geladas demonstrações de afeto
Toques, retoques, carinho
Sopros sinceros de amor
Carne, arde, geme
Rola, morde, ama
Braços, pernas, lábios
Beijos, seios, laços.
Ell Fiscina
quinta-feira, 4 de agosto de 2011
Lar Doce Lar
Nossa casa é o nosso País das Maravilhas particular.
Vivemos num lugar mágico, tranquilo,
empesteado pela fumaça do café fresquinho,
repleto das palavras poeirentas dos livros antigos
e do som das canções mortas.
Nosso lar doce lar das comidas congeladas, do sono constante,
Da noite eterna.
Nosso lar doce lar que o destino colocou na nossa frente.
Ell Fiscina
Vivemos num lugar mágico, tranquilo,
empesteado pela fumaça do café fresquinho,
repleto das palavras poeirentas dos livros antigos
e do som das canções mortas.
Nosso lar doce lar das comidas congeladas, do sono constante,
Da noite eterna.
Nosso lar doce lar que o destino colocou na nossa frente.
Ell Fiscina
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