Há uma beleza exótica numa viagem de ônibus. As janelas sujas, as cortinas grossas e enjoativas, as árvores esvoaçantes com a silhueta recortada contra o sol poente. Detalhes insignificantes do beijo mecânico entre os pneus e o asfalto gasto, mas que, manipulados da maneira correta, dariam elementos perfeitos para a mais bela poesia.
Ell Fiscina
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